quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A problemática do transporte nas grandes cidades


Imagem: https://www.vivadecora.com.br

Embora o transporte seja considerado um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 - elaborada durante o processo de redemocratização do Brasil - muitos brasileiros têm sofrido hodiernamente com as condições precárias de transporte público no país. Diante disso, convém discutir a seguinte questão: como melhorar as condições de locomoção dos brasileiros, proporcionando-lhes o mínimo bem-estar e respeitando os preceitos constitucionais fundamentados em nossa Carta Magna?

Durante a primeira metade do século XX, o modelo de produção de automóveis proposto por Henry Ford revolucionou a indústria da época. Mais tarde, após a Segunda Guerra Mundial, foi a vez do modelo toyotista, o qual permitiu elevação da produção e maior diversidade de produtos. Em meio às novas condições do pós-guerra, muitas pessoas foram, aos poucos, sendo capazes de comprar seu primeiro automóvel. 

Nos tempos atuais, os veículos automotores passaram a representar um novo "status", tornando-se um símbolo de inserção do indivíduo no "corpus social". Cabe salientar ainda que o interesse das pessoas em adquirir um veículo particular no Brasil revela outra problemática: a precariedade do sistema de transporte público no país. Muitos sofrem constantemente com ônibus e metrôs superlotados, além de trajetos exaustivos e demorados.

Diante da falta de políticas e investimentos em infraestrutura de transportes no país, os congestionamentos se tornaram um fator presente na rotina diária de milhões de brasileiros. Com o crescimento da frota de veículos nas últimas décadas, passou a haver uma superlotação das ruas e avenidas das grandes cidades brasileiras.

Tendo em vista a problemática aqui discutida, é preciso que haja maior investimento do Estado em políticas públicas e campanhas publicitárias, visando ao incentivo quanto ao uso de transportes alternativos, como as bicicletas. Concomitantemente, deve haver um ressignificação e readequação do espaço urbano, como forma de possibilitar a criação de maior número de ciclovias; além da redução da distância entre a periferia e os núcleos comerciais e financeiros dos grandes centros urbanos.