terça-feira, 24 de maio de 2016

Esclarecendo dúvidas sobre o ENADE


Imagem: http://educacao.2016online.com.br

O  Enade é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e é um dos métodos do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes). O Sinaes é formado por um tripé: a avaliação da instituição, do curso e do desempenho dos estudantes.

O Enade é obrigatório e inscrito no histórico escolar dos estudantes ingressantes e dos concluintes dos cursos a serem avaliados. Os estudantes ingressantes são aqueles que iniciaram o curso no respectivo ano de avaliação e que tenham concluído até 25% da carga horária até o dia 31 de agosto. Os concluintes são aqueles que concluirão o curso até julho do respectivo ano ou que tenham mais de 80% da carga horária até o dia 31 de agosto daquele ano.

O primeiro Enade ocorreu em 2004 e cada área do conhecimento é avaliada de três em três anos. As engenharias (em oito grupos) foram avaliadas nos anos de 2005, 2008, 2011 e 2014. O próximo Enade das engenharias será em 2017...

Quer ter acesso às provas e gabaritos do Enade? 


Fonte:

domingo, 22 de maio de 2016

Integração numérica da curva de uma distribuição normal padrão: estatística aliada a métodos numéricos


Alguns eventos aleatórios, quando em um conjunto suficientemente grande, apresentam determinados padrões que permitem prever certas probabilidades. Quando a quantidade de eventos aumenta em torno da média e diminui quando se afasta da mesma, seguindo um padrão simétrico, temos uma distribuição normal, geralmente representada por uma curva em formato de sino. Diversos eventos aleatórios seguem a distribuição normal: a estatura das pessoas, a pressão arterial, a resistência do concreto, etc.

Sendo a distribuição normal uma função densidade de probabilidade (f.d.p.) contínua, a probabilidade da variável aleatória X assumir um valor dentro de um intervalo [a,b] será a área ou integral de f(x) de a até b.

Para determinarmos essa probabilidade, o mais usual é recorremos a tabelas padronizadas. Essas tabelas são montadas com base numa distribuição normal padrão, onde a média é nula e a variância é tomada como sendo 1. Essa distribuição normal pode ser expressa pela fórmula:
A distribuição normal padrão com base nessa função pode ser visualizada no gráfico a seguir:


A variável aleatória normal padrão é denotada por Z e a probabilidade de que Z seja menor que um z calculado será P(Z≤z) e corresponderá à integral da função acima de -∞ até z. Infelizmente não há uma expressão exata para o cálculo da integral de uma f.d.p. normal. O que nos resta é obtermos valores aproximados por meio de uma integração numérica. A ideia foi utilizar aqui uma integração por meio da regra dos 3/8 de Simpson composta. 

Primeiramente foi adotado um valor para z=-1,2 (valor arbitrário apenas para teste). A integração da f.d.p. normal padrão pela regra dos 3/8 de Simpson, com passo de integração h=0,05, permitiu encontrar um valor bastante próximo àquele encontrado em tabela: P(Z≤-1,2)=0,1151. A diferença entre os valores foi de apenas 0,0001. A integral corresponde à área sob a curva do gráfico apresentado abaixo:


É claro que para montagem da tabela completa seria necessária a integração para cada valor de z (adotando esse valor como limite superior da integral). Nesse caso, maiores valores de z exigiriam números de subintervalos cada vez maiores para manter uma aproximação adequada.

Referências:

CAMPOS, F. F. Algoritmos Numéricos. 2ª Ed. Editora: LTC, 2007.
MONTGOMERY, Douglas C.; RUNGER. Estatística Aplicada e Probabilidade para Engenheiros. 5ª Ed. Editora: LTC, 2012.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Reforma ortográfica: facilitando ou complicando nossas vidas?


Em 1º de janeiro de 2016 o Acordo Ortográfico entrou em vigor. Depois de anos sendo adiada, a nova ortografia agora deve ser utilizada em todos os documentos oficiais. Saber escrever bem é requisito indispensável para qualquer profissional, incluindo aqueles das exatas que acham que lidar com números dispensa a boa convivência com as letras. Quem nunca, ao escrever um artigo, não ficou com dúvida se aquela palavra levava ou não um hífen? Fique por dentro das principais regras para não se sentir confuso na hora de escrever:

1. Trema

O trema não é mais usado. Agora escreve-se: "liquidificador", "linguiça" e "sequestro".

2. Acento agudo

O acento agudo deixou de ser empregado nos ditongos "oi" e "ei" das palavras paroxítonas, como "ideia", "assembleia", "colmeia", "joia" e "paranoia".

3. Acento circunflexo

O acento circunflexo não é mais empregado em formas como "voo", "enjoo", "leem", "veem", etc.

4. Acentos diferenciais

Quase todos os acentos diferenciais foram suprimidos. Palavras como "pêra", "pólo" e "pêlo" passaram a ser grafadas como "pera", "polo" e "pelo". Não existe mais o acento diferencial do verbo "pára", que agora passa a ser grafado "para". Obs.: formas como "tem" e "têm" para singular e plural, respectivamente, continuam valendo.

5. Hífen

A principal alteração imposta pelo acordo foi, sem dúvida, sobre o uso do hífen. 

Confira abaixo algumas situações em que você não deverá usá-lo:

  • morre o hífen nos compostos com três ou mais elementos que não designam espécie botânica ou zoológica: "mula sem cabeça", "pé de moleque", "água de cheiro", "dia a dia", etc. Excetuam-se alguns casos consagrados pelo uso, como "cor-de-rosa";
  • não há hífen com os prefixos co- e re- em nenhuma hipótese: "coabitar", "coerdeiro", "reeditar", "reestatizar", etc;
  • para grande parte dos casos, o hífen não será usado quando a palavra agregada começar por letra diferente daquela que termina o prefixo ou elemento de composição: "aeroespacial", "hidrodinâmico", "megaestrutura", "supersensível", "semiespaço", "subdesenvolvido";
  • se o prefixo ou elemento de composição terminar em vogal e a palavra agregada começar por R ou S, então dobra-se o R ou S: "autorregulação", "semirreta", "autossustentável", "hidrossanitário", etc.

Agora as situações em que o uso do hífen se faz necessário:

  • o hífen será usado sempre que a palavra agregada começar por H ou letra igual à que encerra o prefixo ou elemento de composição: "super-herói", "micro-ondas", "inter-regional", "semi-humano", etc;
  • prefixos pré-, pós- e pró- exigem hífen sempre que preservem a autonomia vocabular: "pré-pago", "pós-operatório", "pró-impeachment", etc. Excetuam-se alguns casos, como "prequestionamento";
  • sempre exigem hífen: além-, aquém-, ex-, recém-, sem-, soto-, sota- e vice-: "além-mar", "aquém-oceano", "ex-sócio", "recém-chegado", "sem-teto", "soto-piloto", "sota-vento", "vice-presidente", etc;
  • os prefixos ab-, ad-, ob-, sub- exigem hífen sempre que a palavra agregada começar por R: "ab-rogar", "ad-referendum", "ob-rogado", "sub-região", etc.

Nossa memória fotográfica, acostumada à antiga grafia, recusa-se a engolir "ideia" sem acento ou "semirreta" com dois erres. O jeito é ter paciência... só com o tempo é que vamos nos adaptando a essas mudanças. O uso de hífen nos vocábulos com prefixação é confuso e sem regra clara. Na dúvida consulte sempre um dicionário atualizado e, se você não tem, é hora de adquirir um. Você também pode consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), disponível on-line.

Fontes:

terça-feira, 17 de maio de 2016

Como fazer um Sumário Automático no Word 2010 em apenas 4 passos


Fazer um sumário no Word pode ser uma tarefa chata e cansativa, principalmente se o seu texto for muito grande. A melhor solução, nesse caso, é criar um Sumário Automático. 

Para seguir as dicas seguintes você já deve estar com seu trabalho pronto.

Passo 1: Selecione todos os títulos (mantenha a tecla Ctrl pressionada). Em seguida, vá até Referências ð Adicionar Texto ð escolha Nível 1; 




Passo 2: Após o passo 1, talvez os títulos percam a formatação original. Ainda com os títulos selecionados coloque-os na formatação desejada;

Proceda da mesma maneira para outras subdivisões no seu texto, como os subtítulos: selecione os mesmos e vá até Referências ð Adicionar Texto ð escolha o nível. Formate-os da maneira desejada.

Passo 3: Tendo nivelado e formatado todos os títulos e subtítulos, posicione o cursor onde você quer que apareça o sumário. Vá até Referências ð Sumário ð escolha a opção de Sumário Automático 1;




Passo 4: Após aparecer a caixa de sumário você deve fazer as formatações necessárias. Muito simples, não?



Lembre-se: seu sumário deve ser atualizado todas as vezes que você fizer modificações em seu texto.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Reprodução das bactérias: uma forma de aplicação das funções exponenciais


Imagem: Link

A reprodução das bactérias é um fenômeno biológico que pode ser representado matematicamente por uma lei exponencial. Podemos expressar uma função adequada para prever o número de bactérias num determinado instante t. Seja N0 a população inicial de bactérias. Após um instante t, a quantidade será: 

N(t) = N. Kt

onde K é uma constante que dependerá de fatores como o tipo de bactéria e das condições do meio onde elas se encontram. Acompanhe o exemplo:

Se numa determinada cultura existem 1000 bactérias e a cada hora a quantidade dobra, o valor de K será:

2000 = 1000 . K1
K = 2

A função que expressa o número de bactérias com base no tempo terá a seguinte forma:

N(t) = 1000 . 2t

Se quisermos saber o número de bactérias depois de 5 horas (t = 5):

N(5) = 1000 . 25 = 32000

Hipoteticamente, se as bactérias pudessem se multiplicar sem nenhum fator de controle, o gráfico seria dado por uma curva exponencial do seguinte tipo:

Referência: 

FILHO, B. B.; DA SILVA, C. X.  Matemática aula por aula: volume único: ensino médio. São Paulo: FTD, 2000.

domingo, 15 de maio de 2016

Matemática da loteria: aprenda a calcular a chance de você ganhar na Mega Sena


Ganhar na loteria é o sonho de muitos, mas não é pra qualquer um... Embora a matemática nos ofereça métodos seguros para calcular a probabilidade de acerto, o que parece contar de fato é a sorte, mesmo que isso pareça ir contra toda nossa lógica.

O cálculo para estabelecermos a probabilidade de ganhar na mega fazendo uma aposta de seis dezenas é bastante simples. Primeiramente devemos estabelecer as possíveis combinações que poderão sair no dia do sorteio: sendo 60 a quantidade total de números na cartela, devemos tomá-los seis a seis. 



Como todos sabem, os números na mega sena não se repetem e a ordem com que são apresentados não importa. Na Mega da Virada de 2015, por exemplo, você poderia ganhar jogando 02-18-31-42-51-56 ou 56-51-42-31-18-02, pois a ordem dos números aqui não nos interessa. Por essa razão devemos desconsiderar os agrupamentos que se diferem apenas pela ordem dos elementos. Para fazer isso basta dividir o arranjo por uma permutação dos seis números: Pn= 6!

Assim sendo, a quantidade de possíveis combinações de números que podemos fazer na mega sena é: 

(60 x 59 x 58 x 57 x 56 x 55)/6! = 50.063.860

A essa altura você já deve ter percebido que se trata de uma combinação simples. Por isso a fórmula matemática para combinação nos leva ao mesmo resultado:

C60,6 = 60!/[6!(60-6)!] = 50.063.860

A probabilidade de acertar num sorteio da sena, portanto, é de 1 em 50.063.860. 

Quando resolvemos apostar com 15 números na cartela fazemos combinações de seis números com esses 15 números escolhidos, isto é:

C15,6 = 15!/[6!(15-6)!] = 5005

Isso significa que, ao jogarmos com 15 números, aumentamos 5005 vezes a nossa chance de acerto. Se a aposta mínima custa R$ 3,50, uma aposta com 15 dezenas custará 5005 vezes mais, isto é: R$ 17.517,50. Mas tanto faz você fazer 5005 apostas mínimas ou jogar com 15 dezenas: para a matemática a probabilidade é a mesma.

A chance de ganhar a quina na mega sena é calculada considerando os seis números sorteados tomados de 5 em 5, isto é, C6,5 = 6. O último número que forma o conjunto de seis dezenas jogadas por você poderá ser qualquer um, desde que seja diferente daqueles que saíram no sorteio. Portanto você deve multiplicar a combinação por 54. Sendo 6 x 54 = 324, a chance de você ganhar na quina é 324 vezes maior do que a de ganhar na sena.

Segundo o Mundo Bizarro (link aqui), a probabilidade de morrer atingido por um raio é de 1 em 2.320.000. A probabilidade da Terra colidir com um asteroide nos próximos 100 anos é de 1 em 5 mil... e a de ser atingido por uma peça de avião caindo é de 1 em 10 milhões... Perceba que é mais fácil você "abotoar o paletó" por eventos catastróficos do que ganhar na mega sena... 

Talvez isso o desmotive a sonhar com aquelas férias no Caribe, mas se a sorte resolver bater na sua porta, quem sabe o sonho não se torne realidade? Faça sua aposta e cruze os dedos!

Fonte: 

http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/matematica/faca-calculos-para-acertar-a-megasena.jhtm

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Intrusão salina e seus impactos nas regiões litorâneas


Para que a água seja considerada salgada ela deve ter mais de uma parte de sal para 1000 partes de água. Quanto maior o teor de sais minerais dissolvidos na água, mais densa ela se torna. Para comprovar isso você pode fazer uma simples experiência: basta colocar um ovo num copo com água doce e outro num copo com água misturada com sal de cozinha. Você verá que o ovo boia na água salgada, comprovando que a densidade desta última é maior que a densidade da água doce.

Imagem: http://martine6.perso.neuf.fr/eau/eaup/exppm.htm
O encontro do lençol freático com a água salgada do mar se dá nas regiões litorâneas. A pressão do lençol impede o avanço da água salgada para o continente. Por ser mais densa, a água do mar fica por baixo da água doce, permitindo que poços bem próximos à praia consigam captar água para consumo humano.



Quando, por  algum motivo, a água doce é extraída além de um certo limite ou o lençol perde pressão, a água do mar adentra para o continente, salinizando os poços. Esse fenômeno é conhecido como intrusão salina. O avanço da chamada cunha salina pode atingir as fundações das edificações de aço e concreto da zona costeira, podendo causar corrosão dos elementos.

A intrusão salina pode ser ocasionada pela extração desenfreada da água do lençol ou pelo crescimento das cidades. Neste último caso, a impermeabilização do solo acaba por comprometer a capacidade de reabastecimento do lençol, diminuindo a pressão responsável pelo impedimento do avanço da água salgada.

Fontes:

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Novidades nos revestimentos: saiba mais sobre o porcelanato líquido


Está em busca de um piso liso, brilhante e com ótimo acabamento? Pois então a solução pode ser o porcelanato líquido. Para falar a verdade, não se trata de um porcelanato de fato, mas o efeito final é muito semelhante ao de um.

Imagem: https://br.pinterest.com/explore/ep%C3%B3xi-916939530207/

O porcelanato líquido é uma resina epóxi autonivelante. Para ser mais exato é um plástico termofixo em que se acrescenta um catalisador responsável por endurecer o material. Inicialmente as resinas epóxi autonivelantes eram utilizadas apenas em ambientes industriais e comerciais, em virtude da grande resistência à abrasão e facilidade de limpeza. 

Imagem: http://www.construindominhacasaclean.com

Atualmente temos a resina epóxi autonivelante residencial, em um ampla gama de cores e finalidades, incluindo as antiderrapantes para áreas molhadas. Existem também resinas que podem ser aplicadas sobre pisos de concreto, cerâmicos, madeira, etc. A espessura de material aplicado é em torno de 3 mm, mas a resistência a produtos abrasivos e manchas é muito grande. Outra vantagem do porcelanato líquido é a ausência de emendas (trata-se de um revestimento monolítico), garantindo maior assepsia de ambientes como hospitais.

Imagem: https://www.cnysealing.com/epoxy-flooring
Um galão de epóxi autonivelante na cor branco brilhante pode sair a R$ 350,00. O rendimento vai depender da superfície aplicada, mas em geral é de 6,0 m² para cada galão. O preço pode oscilar para mais ou para menos dependendo da empresa e do tipo de resina.

Fontes:

http://pisoporcelanatoliquido.blogspot.com.br/2015/10/aplicacao-aplicador-porcelanato-liquido.html
http://besttemas.com.br/pisos-epoxi-residencial-sao-lindos-e-deixam-o-chao-maravilhoso/
http://www.decorsalteado.com/2015/07/piso-epoxi-em-casas-o-porcelanato.html
http://www.pisosprofix.com.br/revestimento_autonivelante.php
http://www.ciadoepoxi.com/epoxi-auto-nivelante-alto-teor-de-solidos-gl-36-lts
http://www.tudosobreplasticos.com/materiais/termo.asp
http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/porcelanato-liquido-e-piso-3d/

terça-feira, 10 de maio de 2016

O que é flambagem?


Em engenharia, flambagem é um fenômeno de encurvadura que ocorre em peças esbeltas (peças em que a seção é pequena em relação ao comprimento), quando submetidas a um esforço axial de compressão.

Imagem: http://www.ebanataw.com.br/trelica/trelica03.htm

A encurvadura ou o movimento de abandonar uma linha que se descrevia para seguir outra é denominada deflexão. Pode-se dizer que flambagem e deflexão estão intimamente relacionadas. A flambagem só irá ocorrer quando a força axial de compressão for maior que um determinada força. Esta força é chamada força crítica. 

Imagem: http://www.fau.ufrj.br/apostilas/mse/Colunas.htm

A coluna sofrerá flambagem em torno do eixo menos resistente da seção. Esse eixo será aquele que apresentar menor momento de inércia. Sendo o momento de inércia I = Ar², onde A é a área da seção e r é o raio de giração, percebe-se que quanto mais afastada estiver a área do centro, mais difícil será a flambagem da peça.

Essa é uma das razões de vermos na natureza plantas como o bambu, que são difíceis de sofrer envergadura. A seção circular e o interior oco conferem a esta gramínea maior capacidade de resistir à flambagem, suportando as forças naturais com maestria e elegância.

Imagem: http://www.sitiodamata.com.br/produtos/bambu-
imperial-b-vulgaris-vittata.html
Fonte:

HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

domingo, 8 de maio de 2016

Fabric formed concrete: explorando novas formas nas construções


A construção de superfícies curvas em elementos de concreto pode ser trabalhosa e cara. Historicamente o concreto tem sido utilizado apenas na forma de blocos com seções prismáticas, principalmente por conta de razões econômicas. Contudo, as pesquisas e inovações na construção não param: a grande novidade passaram a ser as fôrmas de tecido.  

Imagem: http://journalofmoderncraft.com/tag/concrete
Pode parecer estranho ao leitor que um material como tecido se comporte como fôrma; porém, não se trata de um material qualquer: é um tecido geotêxtil. São membranas finas, flexíveis, fortes e, o mais importante, que resistem à umidade. 

Imagem: https://fabricform.wordpress.com/about/mark-west/
Quando o concreto é lançado na fôrma de tecido, um complexo campo de tensões é automaticamente gerado nas paredes da geomembrana. Isso faz com que surjam curvas naturalmente estruturais e eficientes, de acordo com a distribuição de pressões dentro da fôrma. 

Imagem: https://www.pinterest.com/drumroll67
/awesome-architecture/
O fabric formed concrete permite a construção de elementos sofisticados que no método convencional seriam impensáveis ou inimagináveis de serem feitos.

Imagem: https://textilesmithing.com/2011/01/18/textile-
concrete-formwork/
Mas qual a grande vantagem desse método, afinal de contas? O mais interessante é que as fôrmas de geotêxteis, por trabalharem em tensão, reduzem a quantidade de material utilizado para resistir às pressões hidráulicas do concreto úmido, o que resulta em moldes muito mais leves. O fabric formed concrete possibilita economia e redução do consumo de fôrmas, sendo, por isso, considerado um método sustentável.

Fontes:

sábado, 7 de maio de 2016

Índice PEI: escolha o revestimento cerâmico ideal


Imagem: http://www.portodesign.com.br

Os revestimentos cerâmicos são geralmente classificados pela resistência do esmalte da peça à abrasão. Essa resistência à abrasão superficial é indicada pelo chamado índice PEI (Porcelain Enamel Institute).

Em laboratório, a resistência à abrasão superficial é medida por meio de um aparelho denominado abrasímetro. Tal aparelho realiza giros sobre a peça esmaltada na presença de abrasivos e esferas de aço. O índice PEI é determinado com base no número de ciclos do abrasímetro e na observação da perda de brilho especificada em norma (NBR 13818).

Confira abaixo as principais indicações de acordo com o índice PEI apresentado para cada revestimento:

Classe de abrasão
Resistência à abrasão
Indicações
PEI 1
Baixa

Produto indicado para áreas onde se caminha com pés descalços ou chinelos (banheiros, lavabos e dormitórios residenciais). Essa classe não é difundida no mercado.

PEI 2
Média

Recomendado para áreas residenciais onde se caminha com sapatos (geralmente o interior das residências que não possuem comunicação direta com a parte externa da casa). Não é indicado para cozinha.

PEI 3
Média/Alta

Regiões sujeitas a sujeiras abrasivas (excluindo areia e materiais de dureza superior). Indicado para cozinhas, entrada de residências, cômodos que possuem comunicação direta com a parte externa da casa, varandas, alpendres, etc.

PEI 4
Alta

Produto recomendado para regiões de alto tráfego, incluindo os ambientes residenciais e comerciais (garagens, restaurantes, lojas, bancos, entre outros).

PEI 5
Altíssima

Mais indicado para ambientes com tráfego elevadíssimo. Shopping centers, grandes restaurantes, aeroportos e áreas abertas ao público, por exemplo.


Lembre-se sempre: quanto o maior o índice PEI, maior será a resistência à abrasão do revestimento cerâmico.

Fontes:

ABNT. NBR 13818 - Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 1997.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Buckminster Füller e sua "geometria energético-sinergética": conheça os domos geodésicos


Para entender o que são os domos geodésicos devemos conhecer algumas formas geométricas importantes: o triângulo e o icosaedro. 

Chamamos de poliedro ao sólido geométrico composto por um número finito de faces, em que cada face é um polígono. Icosaedro é um poliedro convexo formado por 20 faces. Quando essas faces são todas triângulos equiláteros, fala-se em icosaedro regular.

Icosaedro regular.
Imagem: http://trabajocepavicalvarocatherineyrober.blogspot.com.br/

Um icosaedro regular é a mais simples das formas geométricas conhecidas como geodésicas. Quando dividimos cada um dos triângulos desse icosaedro em triângulos menores (lembre-se que o triângulo confere estabilidade), a geodésica passa a se aproximar cada vez mais da forma de uma esfera. Um domo geodésico nada mais é do que uma cúpula com uma dessas formas.

Domo geodésico.
Imagem: http://mjciero.blogspot.com.br/p/domo-geodesica.html

O inventor do domo geodésico foi o arquiteto R. Buckminster Füller. Essas cúpulas são conhecidas pela grande leveza e estabilidade estrutural. Sua resistência se deve aos triângulos e ao formato esférico: qualquer força aplicada ao domo é distribuída de forma igual até alcançar a base. A geometria do domo geodésico proposta por Füller foi chamada por ele de "geometria energético-sinergética". Segundo sua teoria, para a compreensão do comportamento da estrutura precisamos analisá-la como um todo, pois todos os seus elementos trabalham juntos. 

Ligação entre elementos num domo geodésico.
Imagem: http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/

Um exemplo de arquitetura que faz uso do domo geodésico é a estufa do Eden Project, localizada no Reino Unido e considerada a maior estufa do mundo. O Epcot Walt Disney World, nos EUA, e o Biosphere Enviromental Museum, em Montreal, também são outros exemplos desse tipo de estrutura pelo mundo.

Eden Project - Cornwall, Reino Unido.
Imagem: https://www.flickr.com/photos/smithandjones/7393201826

Epcot Walt Disney World - EUA.
Imagem: https://disneyworld.disney.go.com/pt/destinations/epcot/


Biosphere Enviromental Museum - Montreal, Canadá.
Imagem: http://web2.sca.uqam.ca/~wgne/WGNE/WGNE24/

Fontes:

terça-feira, 3 de maio de 2016

Afinal de contas, por que acontecem tremores de terra no Brasil?


Os terremotos de grande intensidade ocorrem nas regiões onde duas ou mais placas tectônicas se encontram. O Brasil está localizado sobre o centro da placa sul-americana, uma região considerada estável. Contudo, é comum vermos comumente notícias sobre pequenos tremores de terra em distintas regiões do país. Você já se perguntou qual a explicação para isso?

O que muitos de nós desconhecemos é que crosta terrestre possui espessura irregular, que varia ao longo da placa. Sob a floresta amazônica, por exemplo, a crosta pode chegar a atingir 45 km de profundidade. Já em algumas regiões do Nordeste, esta chega a exibir apenas 30 km. 

As regiões finas da crosta são geralmente formadas por rochas menos densas, assentadas sobre rochas da camada superior do manto de maior densidade, que causam uma espécie de "sobrepeso", fazendo com que a crosta sofra um processo de envergadura. Ao sofrer esse esforço, somado ainda às tensões aplicadas às bordas da placa sul-americana, as rochas da camada fina da crosta tendem a sofrer fraturas em profundidades geralmente inferiores a 5 km. E é durante essa fratura da rocha acompanhada do alívio das tensões que ocorrem os tremores de terra. 

Como ocorrem os tremores de terra no Brasil.

As fraturas da rocha se comportam como cicatrizes: se um trecho da crosta volta a sofrer compressão, ele se rompe onde já existe a fratura. Atualmente o país conta com o mapeamento de algumas das fraturas já existentes, o chamado mapa neotectônico do Brasil. Tal mapa possui registradas 48 falhas e é justamente ao longo dos traçados dessas falhas, ou próximo a eles, que ocorrem grande parte dos tremores de terra.

Mapa Neotectônico do Brasil.
Imagem: http://www.apolo11.com/curiosidades.php?
posic=dat_20071211-092620.inc

Os terremotos com magnitude superior a 5,0 graus na escala Richter são raros no país, sendo que ocorre em média um a cada cinco anos. Para se ter ideia, um tremor de 4,0 graus pode balançar móveis ou quebrar objetos pequenos e acima de 6,0 graus pode ocasionar danos consideráveis em edifícios. Os grandes terremotos ultrapassam 7,0 a 8,0 graus na escala Richter.

Para saber mais sobre tremores de terra no Brasil: 



Fontes: