sábado, 22 de outubro de 2016

Bactérias biodigestoras: facilitando a limpeza de fossas e caixa de gordura


As caixas de gordura, embora sejam uma solução para evitar que a gordura siga pela tubulação, também podem se tornar um problema se não for feita uma limpeza regular. 

Atualmente existem no mercado produtos que contêm bactérias, ou micro-organismos biodigestores, que se alimentam de gordura. Estes produtos têm se tornado uma alternativa cada vez mais prática, pois dispensam qualquer tipo de reforma ou instalação. 

Entre os aspectos positivos relacionados à utilização dos chamados biodegradadores, estão a neutralização dos odores e a prevenção do entupimento de canos. 

Imagem: http://produto.mercadolivre.com.br/

Os produtos biodigestores também podem ser utilizados em fossas, mas nos casos em que a quantidade de material a ser consumido é muito grande, recomenda-se a instalação de um biodigestor. Este é um aparelho para processamento da matéria orgânica, principalmente dejetos de animais em fazendas. Ao  passar pelo biodigestor, a matéria orgânica se transforma em biogás e biofertilizantes.

Imagem: www.ebah.com.br
Fontes:

http://www.desentupidoradeesgoto.com/produto-biodigestor-para-limpar-caixa-de-gordura/
http://www.ecohabitatbrasil.com.br/exibe_produtos.php?id=16&t=2
http://www.portalresiduossolidos.com/biodigestores-principio-tipos-e-viabilidade-economica/

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Tem vida inteligente lá fora? Como estimar o número de civilizações extraterrestres com possibilidade de comunicação


Como até hoje não se tem relatos de comunicação extraterrestre, uma pergunta ainda incomoda parte dos cientistas: será que a Terra é o único planeta dotado de vida inteligente em meio a uma galáxia com mais de 200 bilhões de estrelas? Ou será que o número de civilizações com capacidade de se comunicar conosco é muito pequeno? 


Radiotelescópio para detecção de comunicação extraterrestre
 (Arecibo, Porto Rico). Imagem: https://www.shoretrips.com
Em 1961, o astrofísico Frank Drake propôs uma fórmula que permitiria estipular esse número. Sua equação é uma das mais ousadas e curiosas que se conhece. Na verdade, se trata de um argumento probabilístico que fez muito sucesso entre alguns simpatizantes da vida extraterrestre, incluindo o astrônomo Carl Sagan e o escritor de ficção científica Isaac Asimov. Os valores encontrados dependem, contudo, do otimismo de quem utiliza a fórmula. Foi por isso que uma corrente de cientistas tachou a equação de “pseudociência”, visto que ela não tem qualquer comprovação científica de que realmente funcione. Mas em meio a tanta controvérsia, não se pode deixar de mencionar que a fórmula pode produzir resultados curiosos.  

Na equação de Drake, o número de civilizações, N, com a qual a comunicação é possível, corresponde ao resultado da multiplicação de sete variáveis:

N = R* x fp x Ne x fl x fi x fc x L
Onde:

R* = taxa de formação de estrelas parecidas com o Sol em nossa galáxia (estrelas/ano);
fp = fração de estrelas que possuem planetas em órbita;
Ne = número de planetas por sistema que podem possuir vida;
fl = percentual de planetas com capacidade de possuir vida em que a vida de fato se desenvolveu;
fi = percentual de planetas com vida em que a vida inteligente se desenvolveu;
fc = percentual de civilizações que desenvolveram tecnologia de comunicação interestelar;
L = o tempo que tal civilização pode liberar sinais de comunicação no espaço (anos).

O quadro abaixo informa alguns intervalos para as variáveis acima:

Intervalos para estimativa
R*
1 a 10 estrelas/ano
fp
20% a 50%
Ne
1 a 3
fl
33% a 100%
fi
100%
fc
10% a 20%
L
1.000 a 100.000.000 anos

Por exemplo, vamos escolher cada variável com base num critério:

R* = 5 (média utilizando os extremos do intervalo da tabela acima)
fp = 50% (metade das estrelas possuem planetas em órbita); 
Ne = 3 (três planetas com chance de possuir vida, assim como a Terra e seus dois planetas vizinhos); 
fl = 33% (apenas um dos três planetas possui vida, assim como a Terra em meio a Vênus e Marte); 
fi = 100% (o planeta com vida desenvolve vida inteligente, assim como aconteceu com a Terra); 
fc = 15% (média utilizando os extremos do intervalo da tabela acima); 
L = 100.000 (considerando que depois de 100.000 anos não sejam mais necessários esforços de comunicação).

N = 37125 civilizações

Agora é sua vez...  Faça suas estimativas e jogue os valores na calculadora para descobrir o quão otimista você é com relação à existência de vida inteligente comunicativa na galáxia. A título de curiosidade, Sagan encontrou 1 milhão de civilizações, enquanto Asimov calculou 530 mil. E o próprio Drake, de acordo com os valores encontrados em suas pesquisas, chegou a apenas 2,31 civilizações.

Fontes:

SAGAN, C. Série Cosmos. EUA, 1980. <== Assistam!!!

domingo, 9 de outubro de 2016

Sistema BubbleDeck: as curiosas lajes com esferas de plástico


Imagem: http://www.aswhome.com/bubbledeck-mesh/

O sistema BubbleDeck® é uma ideia lançada na Dinamarca, há cerca de 17 anos, que incorpora esferas de plástico reciclado nas lajes, em regiões onde o concreto não desempenha função estrutural. Por meio da inserção dessas esferas é possível reduzir em até 35% o peso de uma laje normal, o que garante redução nos pilares e fundações. O método mais comum é o que utiliza uma pré-laje de 6 cm de espessura, uma camada de esferas de plástico reciclado e uma malha de aço superior, com posterior concretagem. 

Imagem: http://brasilconstrucao.com.br/?p=2134

Outro tipo são as lajes de módulo BubbleDeck, em que as esferas são posicionadas dentro de gaiolas metálicas dispostas sobre fôrmas de madeira e a concretagem é executada em dois estágios. 

Imagem: http://www.bubbledeck.com.ar/

O terceiro caso é o das lajes de painéis acabados, onde se faz apenas o içamento e posicionamento das peças já acabadas no local de construção.

Os diâmetros das esferas variam de acordo com a espessura da laje e a carga aplicada. Nas lajes biaxiais o dimensionamento segue os métodos convencionais utilizados para lajes maciças, levando em conta a redução do peso.

Imagem: http://www.engemolde.com.br/solucoes/detalhe.asp?cod=29

Uma vantagem desse sistema construtivo é a eliminação de vigas, garantindo rapidez e economia nas obras, além de espaços arquitetônicos mais limpos e com pé-direito reduzido, quando comparado aos projetos convencionais. Além disso, a BubbleDeck pode ser aplicada em edificações de pequeno e grande porte, pois não existe uma limitação técnica quanto ao uso. O que importa neste caso é a viabilidade econômica do projeto.

Destaca-se ainda a baixa condutibilidade térmica e a atenuação do nível de ruído das lajes que utilizam esse sistema, além dos selos verdes e enquadramento da tecnologia ao Tratado de Kyoto. Uma outra curiosidade é que as esferas de plástico, em caso de incêndio, carbonizam-se sem emitir gases tóxicos.

Fontes:

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Plataforma Sucupira: como pesquisar periódicos para publicação de artigos

Os periódicos científicos podem ser classificados com base na qualidade dos artigos publicados. O sistema usado para essa classificação é o chamado Qualis-Periódicos. 

Como é feita a classificação?

No Qualis-Periódicos a classificação é feita com base em estratos indicativos de qualidade, sendo o A1 o mais elevado e o C com peso zero, passando ainda pelo estratos A2, B1, B2, B3, B4 e B5. É bom deixar claro que um mesmo periódico pode receber diferentes classificações dependendo da área de avaliação.

Como pesquisar periódicos que possuam estrato de qualidade desejado?

Primeiramente você deve acessar a Plataforma Sucupira da Capes.

Vá na aba consultas e escolha Periódicos Qualis.

Em Dados para Consulta:
- Selecione o Evento de Classificação (o mais recente é o Qualis 2014);
- Em Área de Avaliação selecione: Engenharias I (para Engenharia Civil);
Obs.: Se não souber a área de avaliação de seu curso, você precisa pesquisar na Tabela de Áreas do Conhecimento da Capes.
- Em Classificação selecione o estrato de seu interesse;
- Clique em Consultar.




Será gerada uma lista com todos os periódicos cadastrados que tenham a classificação desejada, de acordo com a área de avaliação.

E para pesquisar o Qualis de um periódico específico?

Nesse caso você vai precisar do ISSN (International Standard Serial Number) do periódico em questão.

- Em Evento de Classificação selecione "Classificação de Periódicos 2011/2012" ou "Qualis 2013/2014";
- Cole o ISSN no campo apropriado;
- Clique em Consultar.

Será gerada uma lista com as áreas de avaliação e a respectiva classificação Qualis para o periódico em questão.

Simples, não?

Fontes consultadas:

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Uma conversa sobre produção científica: lixo acadêmico e evasão de cérebros

Imagem: http://www.ondeimovel.com
As pesquisas em massa que não geram benefício social são chamadas por alguns estudiosos de lixo acadêmico. De forma oposta ao que aconteceu nos Tigres Asiáticos, onde a pesquisa científica levou a um desenvolvimento tecnológico gigantesco, o que ocorre no Brasil é justamente o contrário, as pesquisas são caras e não geram retorno. No país ainda se faz pouca ciência e esta, quando é feita, dificilmente causa algum impacto social positivo.

Um outro fato relevante está na perda dos melhores pesquisadores para países desenvolvidos, que dão incentivo à ciência. Os EUA, por exemplo, têm importado cérebros de diversas regiões do mundo para realizar pesquisas de ponta em nível nacional, obtendo destaque em premiações científicas. Partindo da fala de Michio Kaku, o segredo dos país está no visto H-1B dado aos jovens imigrantes que entram na América para se graduarem, fazer mestrado ou se tornarem PhD's.

Em artigo publicado pela revista Nature, o Brasil está entre os países que mais produzem pesquisa científica de baixa qualidade, possuindo baixíssimo número de publicações em revistas consagradas. A causa para essa ineficiência está associada a uma série de fatores que, em conjunto, contribuem para o desenvolvimento de projetos que não contribuem em nada para o desenvolvimento social, a não ser para mérito próprio dentro da academia.

Fontes:

http://www.unespciencia.com.br/2015/02/lixo-academico/
http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/_ed833_producao_cientifica_e_
lixo_academico_no_brasil/
http://revistapesquisa.fapesp.br/1999/10/01/importacao-de-cerebros/
https://www.youtube.com/watch?v=NK0Y9j_CGgM