segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A arte da guerra: aplicações no mundo acadêmico


Imagem: http://www.americanas.com.br

“A Arte da Guerra” é um livro considerado a Bíblia da estratégia... Foi escrito por Sun Tzu (considerado por alguns estudiosos uma figura fictícia), em torno do século IV a.C., na China Antiga. É um texto esquemático, marcado por enumerações e regras... coisas típicas dos orientais. Quem não leu esse livro, quando tiver a oportunidade o faça...

Pois bem... para Sun Tzu, "o verdadeiro objetivo da guerra é a paz". Se é pois o desejo de todo e qualquer estudante alcançar a paz depois de dedicação exclusiva aos estudos durante seis ou doze meses, por que não aplicar este tratado de guerra ao mundo acadêmico?

Não é possível abordar todos os aspectos do livro em um simples texto, mas posso apresentar ao menos os mais relevantes, que possibilitem a aplicação prática e instantânea à Academia e, assim sendo, destacarei apenas o que considero aplicável às escolas e universidades, apesar de não seguir a ordem apresentada pelo autor. Pois então, partiremos ao que interessa:

O caminho

Imagem: http://teatrocristao.net/texto/no_caminho_de_damasco
Para prever o desfecho de uma batalha devemos conhecer com antecedência o caminho. Ele é aquilo que faz com que o povo (suas disciplinas) esteja em harmonia com o seu governante (você), sem temer o perigo, a vida ou a morte. Conheça primeiramente as matérias que você irá cursar durante o semestre e imagine o caminho que deverá ser trilhado. Evite distrações e procrastinação; siga o caminho direto ao seu objetivo: isto é, aprender e passar. Sem um caminho e um destino, não há motivo para se iniciar a batalha...

Estratégia de ataque

A habilidade suprema não consiste em ganhar cem batalhas, mas sim em vencer o inimigo em combater. Não se sobrecarregue, curse o número de matérias que julga suportar de bom grado. Não queira, portanto, fazer cem disciplinas num único período. Não faça da sua tarefa de estudar algo cansativo ou entediante. Pelo contrário, transforme o ato de se dedicar diariamente aos estudos (leia-se diariamente e não semanalmente ou mensalmente) em algo prazeroso... Não trave um combate entre você e suas disciplinas.


O Combate

Segundo Sun Tzu, quando começa a batalha, mesmo que esteja ganhando, não se demore muito ou as suas tropas vão se desanimar e perder a vontade. Esse desfecho trágico citado pelo autor é certeiro: a preguiça que aparece no meio do semestre, depois de meio caminho andado. Muitas vezes, depois de tirarmos notas satisfatórias nos primeiros exames, deixamos as coisas como estão, abrindo mão daquilo que já foi conquistado... Fiquemos, pois, atentos! Se as tropas estão cansadas, suas armas gastas, seus mantimentos escassos e a vontade se foi, a intriga, o motim e as más influências dos inimigos (ou seja, as notas baixas) vão se manifestar em breve... Não desanime. Pense no que você já percorreu ao longo do semestre e não no que ainda falta para finalizá-lo.

Energia e disposição

Para Sun Tzu o bom guerreiro sabe vencer sozinho. Ele busca eficácia no ímpeto, e não nas pessoas. Seja independente e caminhe com as próprias pernas. Não dependa dos professores toda vez que não souber alguma coisa. Aprenda sozinho, sempre que possível. Se você acha que estudar em grupo é perda de tempo, pois tira o seu foco, então não o faça... Use o seu docente para tirar dúvidas e mostre que você ao menos está tentando alçar voo. Aprenda com antecedência e leve dúvidas de verdade para a sala de aula.

O terreno

Imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/
Os terrenos podem ser classificados como: acessíveis, tortuosos, indecisos, apertados, acidentados ou distantes. Assim são os professores, que por serem humanos, possuem cada qual sua personalidade. Conheça o seu mestre e adapte-se ao estilo dele. Atente-se à divisão dos pontos, número de provas que serão dadas, listas de exercícios, testes surpresa... Também é importante conhecer cada disciplina, focar nas dificuldades e exterminar as dúvidas o quanto antes. Não espere a véspera da prova para fazer isso. Conhecer o terreno onde se pisa é de vital importância na batalha. Há planícies e pântanos, desertos e oásis...

Ataque com fogo

O uso do fogo deve ser manejado com cuidado. O equipamento para fazê-lo deve estar sempre à mão. Um Estado arruinado não se recupera, e os mortos não podem voltar à vida. O fogo na guerra é a "arma final", pois deve ser manejado com cuidado e só usado na última das hipóteses, em virtude de sua periculosidade. Façamos uma alusão metafórica entre a palavra “fogo” e “os exames finais e provas substitutivas”... Dessa maneira, esteja preparado psicologicamente para isso e evite-os a todo custo. Estude antecipadamente e arduamente... conte para que o vento aja a favor do fogo e não desperdice a sua última chance de alcançar a tão sonhada liberdade!

Imagem: http://lucianoayan.com/2012/07/08/a-arte-da-guerra
-politica-ii-os-principios/

Bons estudos! 

Inspirado no livro: BUENO, A. S. A arte da guerra: os treze capítulos originais/Sun Tzu. São Paulo: Jardim dos Livros, 2013.

5 comentários:

  1. Muito bom! Nunca li o livro, porém achei ótima as comparações feitas... Texto objetivo e muito bem escrito. Parabéns!

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  2. Muito bom! Nunca li o livro, porém achei ótima as comparações feitas... Texto objetivo e muito bem escrito. Parabéns!

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  3. Muito bom o texto, principalmente as metáforas! Com certeza fez-me entender melhor o mundo acadêmico!

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