Sabemos que a agricultura no Brasil remonta a um processo histórico, marcado inicialmente pelo cultivo da cana-de-açúcar durante a colonização portuguesa. Mais tarde, durante o século XIX, tivemos o café como principal produto de exportação. Não é de estranhar, portanto, que em um país de economia tão expressivamente agrária, faça-se uso em larga escala de produtos defensivos, como pesticidas e agrotóxicos, para controle de pragas nas lavouras. No entanto, como utilizar esses compostos químicos de forma segura e consciente, reduzindo os impactos de sua utilização sobre a natureza?
Durante o século XX, a americana Rachel Carson - cientista, escritora e bióloga marinha - ao escrever a célebre obra "Primavera Silenciosa", revolucionou o campo da ecologia ao constatar a influência de produtos químicos tóxicos, como o DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano), sobre o equilíbrio ambiental. Diante desse importante estudo, tornou-se mais do que necessário o comprometimento do setor da agricultura com a preservação do meio ambiente. É de grande relevância para todos nós, seres humanos, que o ramo do agronegócio desenvolva sua atividades sem comprometer a fauna e a flora das regiões próximas às lavouras, reduzindo os danos à biodiversidade dos variados biomas brasileiros, hodiernamente tão degradados.
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Em contrapartida, cumpre salientar o aspecto positivo do desenvolvimento da indústria química com relação ao aprimoramento dos inseticidas e defensivos agrícolas, a exemplo da Revolução Verde. Indubitavelmente, não fosse o crescimento da agricultura, advindo principalmente do progresso tecnológico observado nas últimas décadas, não haveria tão grande disponibilidade de alimentos como temos hoje.
Diante do que foi discutido, faz-se necessário um maior papel regulamentador do Estado como forma de controlar o uso de agrotóxicos nas lavouras. Dizer que os órgãos ambientais cumprem um papel de "comando xiita" que impede a expansão da agricultura no país é um discurso de grande superficialidade e revela pouco conhecimento do assunto. A parceria conjunta entre os ministérios da Agricultura e o do Meio Ambiente, tendo como foco a realização de campanhas em cooperativas e sindicatos com vista a educação e conscientização dos agricultores, além da elaboração de uma legislação específica que ampare o agronegócio sustentável, mostram-se como possíveis ferramentas para que o Brasil, considerado o celeiro do mundo, seja também um exemplo no ramo do agronegócio.
Fontes:
https://www.infoescola.com/quimica/dicloro-difenil-tricloroetano-ddt/
http://www.rachelcarson.org/
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