Quando uma pedra toca na água ela produz vibrações ou ondas sobre sua superfície. Einstein, em seus estudos, previu que, da mesma forma, qualquer corpo com massa produz vibrações no tecido do espaço-tempo e o Universo parece estar inundado por ondas.
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Em 2016, detectores nos Estados Unidos, pertencentes ao chamado Projeto LIGO (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory), foram capazes de comprovar a existência das ondas gravitacionais, oriundas de distorções no espaço causadas pela colisão de dois buracos-negros.
Os detectores correspondem a túneis em formato de L, onde um feixe de laser se divide em dois e, em seguida, estes se sobrepõem, de forma que as ondas de luz se cancelam. Qualquer interferência no detector (uma onda gravitacional, por exemplo) faz com que as ondas se recombinem de maneira diferente, permitindo a detecção de sinal.
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Foi por meio desse mecanismo que pudemos detectar as ondas gravitacionais, 100 anos depois da publicação da TRG (Teoria da Relatividade Geral). Essa maneira engenhosa de detectar a existência de tais ondas talvez seja até mais encantadora do que a própria comprovação da teoria. Trata-se de um feito notável e, de certa forma, de entendimento bastante simples para nós leigos.
E qual a importância da descoberta das ondas gravitacionais?
Segundo especialistas, agora será possível escutar o Universo por meio dessas ondas. As ondas eletromagnéticas permitem obter informações do Universo quando ele tinha 300 mil anos. Agora, com as ondas gravitacionais, é possível obter dados de quando o Universo tinha apenas um segundo de existência. Muitas descobertas poderão aparecer depois disso, incluindo a compreensão dos buracos-negros.
Se quiser entender melhor o mecanismo de detecção das ondas gravitacionais, assista à explicação de Brian Greene no "The Late Show" (vídeo abaixo). Além de engraçado, é bastante esclarecedor. Divirta-se.
Fontes:
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