Uma investigação científica,
qualquer que seja, envolve uma sequência geral de passos. São eles:
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2. Levantamento de um problema;
3. Formulação de uma hipótese explicativa;
4. Experimentação;
5. Conclusão.
Quando uma hipótese é
confirmada sucessivas vezes em testes repetidos, dizemos que existe um
princípio geral ou lei que rege o fenômeno. A hipótese se torna então uma
teoria. Uma teoria pode ser derrubada ou até mesmo substituída por outra
baseada em novas evidências.
A busca pela verdade na
experimentação científica teve início com o método de pensar de Descartes,
partindo do princípio da razão, sendo este o marco da filosofia moderna. Sem
tal filosofia não há método científico que se sustente na base do raciocínio;
sem o uso da lógica cartesiana em busca da verdade das coisas, as experiências
deixam de ser ciência e tornam-se meras especulações sobre as causas e seus
efeitos.
Os preceitos do método de
Descartes são quatro: o primeiro é não aceitar a verdade jamais como
verdadeira, se você não a conhece evidentemente como tal; o segundo, dividir um
problema maior em problemas menores, em que suas partes sejam capazes de ser
resolvidas; o terceiro é subir os degraus, dos pensamentos mais simples aos
mais complexos, chegando a verdades superiores; e o quarto é revisar, descobrir
verdades omissas ou que podem ter passado por despercebidas e que, sem elas,
perder-se-iam aspectos relevantes para o entendimento completo do fenômeno.
Para Descartes, todos nós nascemos com o sentimento da certeza das coisas, da demonstração da verdade por meio das ideias. O livro “Discurso do Método”
é, sem a menor dúvida, um marco do pensamento moderno, do uso da razão como
ferramenta sem falha, da busca pelas verdades que podem ser encontradas por
todos.
Para outro cientista famoso,
Albert Einstein, a formulação de problemas é muitas vezes mais importante que a
própria solução. Solucionar problemas pode ser simplesmente uma questão de
habilidade matemática ou realização de experimentos. Entretanto, propor novas
indagações, tomando os problemas antigos sob um novo olhar, requer imaginação
criadora, e é isso que promove o avanço da ciência.
Sugestão de leitura:
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Referências:
BARROS, C.; PAULINO, W. R.
Ciência: os seres vivos. 2. ed. São Paulo: Ática, 2004.
DESCARTES, R. Discurso do
Método. 1. ed. Porto Alegre: L&PM, 2015. 128 p.
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