A capital do Império Asteca: Tenochtitlán. Imagem: http://www.latinamericanstudies.org |
Alguns séculos depois a cidade sofreu um boom populacional e a extração de água foi se tornando cada vez mais predatória. O lago Texcoco, e hoje a Cidade do México, estão localizados sobre um solo argiloso, que na ausência de água fica cheio de poros vazios. A construção desenfreada de grandes estruturas exerce uma pressão muito grande sobre o solo e este, na ausência de água, vai sofrendo uma espécie de rebaixamento. Com isso, alguns edifícios antigos, como catedrais, estão literalmente afundando na capital mexicana. Hoje a superfície do lago situada sob a cidade está seca, mas é possível encontrar o lençol a uns dois metros de profundidade na região central da capital.
Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. Imagem: http://viagem.uol.com.br/ |
Atualmente a taxa de afundamento anual está em torno de 7 cm. Pense numa casa afundando 70 cm (mais de meio metro) ao longo de dez anos. O lago, ou melhor, o solo, não teria que afundar se não houvesse uma grande sobrecarga acompanhada de uma extração de água desenfreada, não é mesmo? Esse é só mais um entre vários exemplos de como as ações humanas desempenham um importante papel em problemas de engenharia.
Referências: