Já pensou na possibilidade de um concreto que fecha as próprias rachaduras? Saiba que isso já se tornou realidade, graças à chamada biotecnologia aplicada.
Pesquisadores da Delft University Technology, na Holanda, desenvolveram um concreto misturado com colônias de bactérias chamadas Bacillus pseudofirmus que são capazes de sobreviver em ambientes alcalinos. Essas bactérias são tão resistentes que se mantêm vivas até mesmo em crateras de vulcões ativos!
O alimento dessas bactérias é o lactato de cálcio, o qual é adicionado à mistura de concreto. Quando aparece uma fissura, esta fica exposta à umidade e as bactérias "acordam". Começam então a consumir o lactato de cálcio disponível e como produto final da digestão formam nada mais do que calcário! A fissura vai sendo então preenchida por esse mesmo calcário e, em cerca de três semanas, é reparada.
Reparação de fissura em bioconcreto ao longo do tempo. Imagem: http://www.industrytap.com/self-healing-concrete-can-repair -cracks-bacteria/29051 |
Atualmente o principal desafio a ser superado pelo bioconcreto é o preço, que supera em 40% o preço do concreto convencional. Vale destacar ainda que o bioconcreto só funciona para fissuras com espessura inferior a 8 mm. O "concreto vivo" ainda não consegue reparar grandes rachaduras.
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