quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Esperanto: uma língua sem fronteiras

Imagem: https://tvmundomaior.com.br
Você sabe quantas pessoas falam inglês no mundo atual? Estima-se que cerca de 860 milhões de pessoas no planeta falam o idioma, seja como língua nativa ou como segunda língua. O inglês só fica atrás do espanhol e do chinês em número de falantes. Mas, afinal, por que essa é considerada, atualmente, a língua universal para comunicação entre os povos? Obviamente, tal fato tem relação com o contexto geopolítico do momento presente. A maior potência do mundo, os Estados Unidos, tem como idioma oficial (pasmem) o inglês.

Resta-nos, portanto, a seguinte pergunta: diante do dinamismo do contexto geopolítico, será que o inglês manterá a sua posição de ‘língua universal’ ao longo dos séculos? Ou será que futuramente teremos outra língua ocupando tal posição, como o mandarim, por exemplo?

O estabelecimento de uma língua para comunicação entre os povos no cenário internacional é algo de suma importância, mas quando se pensa em termos de igualdade de condições entre os povos, percebe-se claramente que algumas pessoas nascem com uma vantagem linguística sobre as demais, quando pertencentes a um país onde já se fala um idioma utilizado no contexto internacional. 

Qual seria então a solução para essa desigualdade? Haveríamos de ter uma língua que não fosse pertencente a nenhum país, a qual tivesse que ser aprendida por todos os povos na intenção de comunicar-se uns com os outros. Nesse caso, não haveria a supremacia de uma língua sobre as demais, mas apenas uma ‘ferramenta linguística’ que fosse capaz de estabelecer a comunicação e o diálogo entre pessoas das mais diferentes regiões do globo. 

O mais interessante disso tudo é que essa língua já existe e foi criada há muitos anos atrás, ainda no século XIX. Trata-se do Esperanto.

Em 1887, o médico polonês Luís Lázaro Zamenhof apresentou ao mundo uma proposta de língua que pudesse ser utilizada por todas as pessoas, de rápido aprendizado e fácil compreensão. A proposta de Zamenhof era que essa nova língua planejada pudesse ser utilizada para a comunicação e o diálogo eficiente entre os diferentes povos, evitando as guerras entre as nações. Essa filosofia humanista desenvolvida por L. L. Zamenhof, objetivando e valorizando o bem-estar coletivo, a paz da humanidade, a compreensão e a tolerância, ficou conhecida pelo nome de homaranismo (do esperanto, humanismo, humanitarismo).

Atualmente, o Esperanto é considerado uma língua viva, pois é utilizado como ferramenta de comunicação entre pessoas das mais diferentes localidades do mundo (cerca de 2 milhões de pessoas em 115 países), sendo inclusive uma língua reconhecida pela ONU e pela Unesco (a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Aprender Esperanto também facilita o aprendizado posterior de outros idiomas, pois sua estrutura lógica e altamente racional permite o melhor entendimento e compreensão do processo de formação de palavras e composição de frases. Trata-se do chamado efeito propedêutico. Segundo a Liga Brasileira de Esperanto, “aprender o Esperanto causa um efeito pedagógico facilitador, pois aumenta a rapidez de aprendizado em pelo menos 20%. [Fato] provado pela Universidade de Paderborn, na Alemanha”.

Se você ficou interessado, saiba que é possível aprender a língua internacional por meio de diversas plataformas da internet, podendo contar ainda com tutores gratuitos, que lhe auxiliarão em seu processo de estudo. No Brasil, o Programa Mia Amiko reúne pessoas interessadas em aprender Esperanto com renomados monitores esperantistas. Aplicativos da Google Play e App Store, como o Duolingo, também contam com lições em Esperanto para os interessados.

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Hoje o Esperanto, além de língua internacional, representa também uma cultura de tolerância e respeito entre as pessoas. Sua visão internacionalista e pacifista, em prol da fraternidade e da união entre os povos, torna essa língua uma das mais belas criações em benefício da humanidade.

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