Imagem: http://physicsworld.com/cws/article/news/2010/apr/09/ strange-quark-weighs-in |
O Modelo Padrão é uma das teorias mais bem elaboradas e
sofisticadas de toda a Física. Em resumo, trata-se de um modelo simples que
busca explicar a constituição básica da matéria, bem como classificar as partículas
e especificar como elas interagem umas com as outras. Apesar de ainda não ser
uma teoria consolidada, o Modelo Padrão permite fazer previsões sobre as
partículas e suas propriedades por meio da simetria observada entre elas.
Classificações importantes
Para entender o Modelo Padrão é preciso reconhecer a classificação
das partículas de acordo com duas propriedades: o número quântico de spin
(momento angular intrínseco das partículas) e as interações fundamentais a que
estão sujeitas.
Número
quântico de spin: esse número quântico permite dividir as partículas em
dois grandes grupos: férmions e bósons. O primeiro recebeu esse nome em
homenagem a Enrico Fermi, enquanto o segundo foi uma homenagem ao físico
indiano Satyendra Nath Bose.
Número quântico de spin
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Classificação da partícula
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Exemplo
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Semi-inteiro
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Férmion
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Elétron
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Nulo ou inteiro
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Bóson
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Fóton
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Interações
fundamentais: existem na natureza quatro interações fundamentais:
gravitacional, eletromagnética, forte e fraca. Desse quarteto somos levados a
pensar em quatro cargas, quatro forças, quatro campos e quatro tipos de
partículas mediadoras (responsáveis pela “troca de mensagens” entre as outras
partículas). Todas as forças que conhecemos na natureza – força elástica, força
de viscosidade, força de atrito, força elétrica, etc. – são casos oriundos das
quatro forças fundamentais.
Interação
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Carga associada
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Força associada
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Campo associado
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Partículas mediadoras
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Gravitacional
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Massa
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Força gravitacional
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Campo gravitacional
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Grávitons
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Eletromagnética
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Carga elétrica
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Força eletromagnética
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Campo eletromagnético
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Fótons
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Forte
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Carga cor
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Força cor
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Campo forte
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Glúons
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Fraca
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Carga fraca
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Força fraca
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Campo fraco
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Partículas W e Z
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No domínio subatômico a força
gravitacional é negligenciável. A força forte é a que mantém as partículas
unidas no núcleo do átomo. Já a força fraca é a responsável por manter certas
partículas, como o elétron, orbitando em volta do núcleo.
De acordo com a interação nuclear
forte podemos classificar as partículas em outros dois grupos importantes: os
hádrons e os léptons. As palavras “hádron” e “lépton” vêm do grego, significando,
respectivamente, “robusto” e “leve”.
Interação forte
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Classificação
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Subdivisão
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Exemplos
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Partículas que estão sujeitas à interação
forte
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Hádron
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Méson
(bóson)
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Píon
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Bárion
(férmion)
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Próton e
nêutron
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Partículas que não estão sujeitas à
interação forte
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Lépton
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_
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Elétron e neutrino
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Existem ao todo seis léptons: elétron, múon, tau, neutrino
do elétron, neutrino do múon e neutrino do tau.
Modelo dos Quarks e Cromodinâmica
Quântica
O modelo dos quarks surgiu da tentativa de explicar certos
padrões observados em grupos de bárions e mésons. Tal fato ocorreu em 1964,
quando Murray Gell-Mann e George Zweig, observaram que esses padrões podiam ser
explicados se os hádrons fossem compostos por partículas menores, as quais
Gell-Mann chamou de quarks.
Existem seis tipos de quarks: up (u), down (d), charm (c),
strange (s), top (t) e bottom (b). Estando os quarks relacionados à interação
forte, eles possuem uma propriedade chamada carga cor, mas não se trata de uma
cor propriamente dita. Existem três cargas cores: vermelho, verde e azul. Um
quark pode apresentar qualquer uma dessas três cargas; dessa forma, temos 18
tipos de quarks. Entretanto, considerando os pares partícula–antipartícula,
teríamos outros 18 tipos de antiquarks. Portanto, temos ao todo um número
considerável de quarks: 36.
Imagem: http://www.telegraph.co.uk/news/science/science-news/7828889/ The-Standard-Model-of-the-universe-explained.html |
A teoria das interações entre glúons e quarks é chamada
Cromodinâmica Quântica (CDQ). Segundo essa teoria, os antiquarks devem
apresentar cargas cores complementares: ciano, magenta ou amarelo.
Uma particularidade dos quarks é que eles não são
encontrados livres na natureza, mas sempre em ternos e pares. Bárions, em
geral, são combinações de três quarks, enquanto os mésons correspondem a pares
quark–antiquark. Além disso, os quarks possuem carga elétrica fracionária (+2/3 e ou -1/3 e) e, quando juntos, a soma algébrica das cargas é sempre um
múltiplo inteiro de e. Recentemente
descobriu-se a existência de pentaquarks, provando que os quarks podem se
combinar em grupos maiores, porém instáveis... Se deseja saber mais sobre os
pentaquarks, confira duas reportagens, na íntegra, falando sobre essa
interessante descoberta:
Teoria da
Supersimetria
A Teoria da Supersimetria parte em busca da resposta para
uma pergunta que tem causado bastante dor de cabeça aos físicos: “Do que é
formada a matéria escura?”.
Segundo essa mesma teoria, cada partícula elementar do
Modelo Padrão teria uma superparceira mais pesada. Partindo dessa hipótese,
alguns físicos pensaram na possibilidade de existência do neutralino. Tal
partícula seria um ajuntamento de superparceiras do fóton, do bóson Z e de
outras partículas.
Hipoteticamente, a detecção do neutralino resolveria o
problema da constituição da matéria escura. Contudo, não foi encontrada até
hoje nenhuma evidência que prove a existência de tal partícula.
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