domingo, 20 de março de 2016

Lajes de concreto: conheça alguns tipos


Lajes são elementos planos, de superfície, onde uma das dimensões é reduzida, quando comparada às outras duas. São destinadas a receber as ações aplicadas numa construção, como pessoas, pisos, móveis e equipamentos. Essas ações transmitidas às lajes são repassadas para as vigas presentes em suas bordas ou diretamente para os pilares, em alguns casos especiais.

Confira agora alguns tipos de lajes mais usuais:

Laje maciça: é o tipo mais comum, composta basicamente de concreto e barras de aço (concreto armado). Também pode ser feita em concreto protendido (concreto com cordoalhas de aço tracionadas em seu interior). Esse segundo tipo suporta grandes vãos.

Laje nervurada: tipo de laje onde a zona de tração ocorre em nervuras, permitindo a economia de concreto. São moldadas no local utilizando fôrmas plásticas especiais (fôrmas ATEX). Os espaços entre nervuras podem ser preenchidos com material inerte como tijolos ou blocos EPS (isopor).


Imagem: arquivo pessoal
Laje com vigotas pré-moldadas: trata-se de um tipo de laje nervurada, pois a zona de tração também acontece nas nervuras. Porém, nesse caso, as nervuras são as vigotas pré-moldadas, que podem ser treliçadas ou em forma de T. Os espaços entre as vigotas são geralmente preenchidos com lajotas cerâmicas. Também é comum a utilização de concreto celular, blocos EPS ou blocos cerâmicos de alvenaria para preenchimentos dos vãos. As lajes desse tipo são também conhecidas como lajes tipo treliça (para vigotas treliçadas) ou tipo trilho (para vigotas com seção em T). Durante o processo construtivo é colocada uma capa de concreto por cima dos elementos pré-moldados e das lajotas cerâmicas.

Laje alveolar: no processo de construção dessa laje há ausência de fôrmas e escoramentos, pois se trata de um tipo de laje inteiramente pré-fabricada. As peças de laje possuem vãos em seu interior, o que torna a estrutura mais leve, além de permitir a protensão utilizando aço.
Laje π: assim como a laje alveolar é um tipo de laje pré-fabricada, porém composta por peças com seção em forma de π.
Laje cogumelo: as lajes podem ser apoiadas sobre vigas ou sobre pilares. Quando apoiada diretamente sobre pilares, ou seja, sem vigas, fala-se em laje tipo cogumelo. Vale lembrar que esta é uma classificação da laje quanto ao tipo de apoio.
Steel Deck: é uma laje composta por uma camada de concreto sobre uma telha de aço galvanizado. Esse tipo também não necessita de fôrmas e escoramentos.
Fontes:

quarta-feira, 16 de março de 2016

Identificando tubulações por meio das cores


Você sabia que é possível identificar uma tubulação por meio da cor?

Imagem: http://www.solucoesindustriais.com.br/
A norma responsável pela padronização das cores é a NBR 6493:1994 - Emprego de cores para identificação de tubulações. 

Confira as principais cores usadas em tubulações e o que representa cada uma:

Imagem: http://conectadosaseguranca.blogspot.com.br/
Fonte:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6493- Emprego de cores para identificação de tubulações. Rio de Janeiro, 1994.

domingo, 13 de março de 2016

Steel Frame: construções leves e sustentáveis


Casa em Steel Frame.
Imagem: http://modularhomes.business-support.com/
O Steel Frame é um sistema de construção bastante recente. Nesse tipo de sistema constrói-se um “esqueleto” composto por vigas e pilares de aço galvanizado. Essa estrutura de perfis leves de aço é apoiada sobre as fundações e em seus vãos são colocados painéis estruturais capazes de suportar o vento e cargas verticais. O Steel Frame é conhecido por ser uma técnica de construção a seco.

Estrutura do Steel Frame.
Imagem: http://www.rcconstrutoraeservicos.com.br/
Na parte externa da edificação são colocadas placas cimentícias. Tais placas recebem impermeabilização uma vez que ficam expostas às chuvas. Já na parte interna fixam-se placas de gesso acartonado conhecidas como drywall (do inglês: “parede seca”). As placas drywall possuem um miolo de gesso e faces de papel-cartão.

Painéis drywall.
Imagem: http://tecnoobrassc.com.br/produto/drywall/
Também é muito comum utilizar como revestimento estrutural painéis feitos com tiras de madeira cruzadas em diversas camadas, conhecidos como painéis OSB (Oriented Strand Board ou Placa de Fibra Orientada).

Construção em Steel Frame com painéis OSB.
Imagem: http://www.espacosmart.com.br/novidades/
O isolamento termoacústico do Steel Frame é feito por meio da colocação de um material com propriedades isolantes entre as duas placas. Pode-se usar, por exemplo, lã de PET reciclado.

Colocação de material isolante.
Imagem: https://arcoweb.com.br
As construções de Steel Frame são consideradas sustentáveis e de rápida execução. São muito comuns nos Estados Unidos e na Europa, uma vez que as edificações desse tipo possuem grande eficiência térmica, possibilitando economia de energia em virtude do menor uso de aquecedores ou aparelhos de ar condicionado.

*O Pórtico.com agradece à futura engenheira Luana Cordeiro pela sugestão do tema.

Fontes:

sábado, 12 de março de 2016

Estruturas de aço: praticidade na engenharia

O que é o aço?

A aço é uma liga de ferro e carbono, onde o teor deste último elemento varia de 0,008% a 2,11%. O carbono atua como agente de resistência: previne os deslocamentos dos átomos de ferro na estrutura cristalina. Um aumento do teor de carbono eleva a resistência do aço, mas diminui a sua ductilidade.

Imagem: http://www.solucoesindustriais.com.br
Por que usar o aço?

Dentre algumas vantagens do aço podemos citar:
  • liberdade de projeto: permite construções arrojadas e de expressão arquitetônica marcante;
  • organização do canteiro de obras: permite menos ruídos e poeira, além de não gerar entulho;
  • maior área útil: as seções dos pilares e vigas de aço são mais esbeltas, o que resulta no melhor aproveitamento do espaço interno da construção.
  • alivia as cargas das fundações: por serem mais leves, as estruturas de aço reduzem o custo com fundações;
  • possui fácil desmontagem e reciclabilidade (são construções sustentáveis).

O vídeo abaixo mostra um prédio de 15 andares com estrutura de aço erguido em apenas seis dias na China. Perceba o grau de praticidade desse material:




E as desvantagens do aço?

Como todo material construtivo, existem os prós e os contras. Com o aço não é diferente: algumas peças podem necessitar de transporte especial, além do tratamento na superfície para evitar a corrosão. Vale destacar que a mão-de-obra e os equipamentos precisam ser especializados para a montagem. Um outro aspecto relevante é o comportamento do aço em relação ao fogo. Deve haver medidas de proteção contra incêndio, uma vez que o aço perde sua resistência mecânica em altas temperaturas.


Fontes:

PFEIL, W. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.



quarta-feira, 9 de março de 2016

Entenda o que é o BIM e como ele pode ajudar na sua vida


BIM ou Modelagem de Informações da Construção (do inglês: Building Information Modeling) é um conceito ou uma nova forma de se pensar em projeto, construção e gestão. Trata-se de uma ferramenta de inovação incluindo softwares, modelagem 3D e uma biblioteca organizada contendo todos os dados de uma edificação, desde o orçamento de cada material utilizado até o prazo de conclusão da obra. A ideia, por si só, é de causar espanto: juntar tudo isso de forma compatibilizada é o sonho de qualquer engenheiro ou arquiteto.

Por meio do BIM é possível criar modelos em três dimensões das edificações, realizar testes de compatibilização de projetos, programar a construção e até mesmo a manutenção ou demolição do edifício.
Com o BIM as informações dos projetos arquitetônico, estrutural, hidráulico, elétrico, etc. são cruzadas, de forma a manter os projetos harmonizados, "conversando" entre si de forma inteligente. Se uma modificação é feita em um dos projetos (uma mudança de janela, por exemplo), todos os outros projetos sofrem alteração automaticamente, reduzindo o tempo para a análise de falhas. No BIM são gerados modelos tridimensionais e não em duas dimensões como estamos acostumados em CAD. 

Atualmente o BIM já vem tomando espaço em alguns países da Europa. No Reino Unido, por exemplo, as empresas devem estar aptas até o ano de 2016 para adotar o BIM em todos os projetos. Aqui no Brasil, no estado de Santa Catarina, foi solicitado a tecnologia de modelagem em licitações de todas as obras públicas até 2018. Segundo especialistas, o uso do BIM em projetos de edificações e infraestruturas é um caminho sem volta. O ideal é que os profissionais estejam preparados o quanto antes para lidar com essa nova ferramenta.

O vídeo abaixo esclarece para você o que é o BIM e como ele pode ajudar na sua vida. Aprenda um pouco mais:



É bom deixar claro que o processo de adoção do BIM pelas empresas deve ser gradual. É necessário que se faça o treinamento e capacitação dos profissionais envolvidos. O BIM faz uso de uma equipe multidisciplinar, formada por arquitetos, engenheiros e executivos. É necessário saber trabalhar em equipe e que todos caminhem juntos. A mudança para o BIM gera investimentos e o plano de migração para essa nova plataforma deve ser muito bem pensado, para que os recursos financeiros empregados gerem retorno. Uma pesquisa realizada na Inglaterra mostrou que o BIM pode reduzir os custos de uma obra em até 25%.  

Fontes:

terça-feira, 8 de março de 2016

MBA e especializações: conheça algumas delas

Imagem: http://www.eseg.edu.br/cursos/engenharia_civil

Em sua carreira profissional como engenheiro civil você poderá optar por fazer a pós-graduação lato sensu: especializações e MBA.

A pós-graduação lato sensu conta com cursos desligados da formação acadêmica, mas bastante procurados no mercado de trabalho. Uma pós-graduação lato-sensu não lhe oferece diploma, mas lhe confere um certificado. 

Ao fazer uma especialização você se tornará um especialista, isto é, um engenheiro com conhecimento técnico aprofundado em uma determinada área, podendo trabalhar numa empresa de maior porte numa tarefa ou setor específico. A duração de uma especialização deve ter no mínimo 360 horas (432 horas-aula).

Confira abaixo algumas das pós-graduações lato sensu que você poderá fazer:

1. MBA (Master of Business Administration): bastante conhecido no setor administrativo, sendo ideal para os engenheiros interessados na administração dos negócios, orçamentos e assuntos da área de gestão. É aconselhável para aqueles com grande capacidade de liderança e interessados em abrir o próprio negócio. Existem diversos cursos MBA, sendo alguns voltados para a área de gestão ambiental e outros para gerenciamento de obras e planejamento urbano.

2. Estruturas e fundações: esta especialização prepara o engenheiro para trabalhar com cálculo e projetos estruturais de concreto armado e protendido, por meio de ferramentas práticas e softwares avançados. O engenheiro de estruturas, também chamado de calculista ou projetista, recebe formação para aprender a calcular estruturas e fundações dos mais diversos portes e das mais diversas formas: lajes, muros de arrimo, pontes, piscinas, marquises, etc.

3. Geotecnia: para os que se interessam na área relativa a solos este curso de especialização é o mais indicado. O engenheiro geotécnico é responsável pelo cálculo de estabilidade de encostas e taludes, investigações de solo, contenções e escavações, serviços de terraplanagem, obras de aterro e compactação.

4. Saneamento: o engenheiro sanitarista é preparado para realização de obras de saneamento:  estações de tratamento de água, sistemas de esgotamento sanitário, redes coletoras de água e esgoto, além de aterros sanitários e gestão de resíduos sólidos.

5. Hidráulica: os engenheiros com especialização em hidráulica recebem formação para realização de projetos hidráulicos, sistemas de drenagem e tubulações, construção de canais, vertedores e barragens. Além disso, possui amplo conhecimento sobre sistemas de irrigação e escoamento de águas pluviais.

6. Infraestrutura: o engenheiro de infraestruturas pode trabalhar em projetos de portos, aeroportos e rodovias. A infraestrutura de transportes tem ênfase em rodovias, enquanto a infraestrutura aeroportuária foca em portos e aeroportos, já a infraestrutura urbana enfatiza obras de grande porte do cenário urbano.

Existem ainda muitas outras especializações que você poderá fazer: engenharia diagnóstica (patologias), estruturas metálicas, engenharia de túneis, poços de petróleo e gás, sistemas prediais, etc. 

É bom deixar claro que algumas áreas de especialização podem desempenhar tarefas semelhantes.

Fontes: 

https://www.inbec.com.br/pos-graduacao/engenharia
https://www.inbec.com.br/pos-graduacao/especializacao-em-estruturas-de-concreto-e-fundacoes
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/141/artigo285740-1.aspx
https://www.inbec.com.br/pos-graduacao/especializacao-em-engenharia-de-saneamento-basico-e-ambiental
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/189/artigo285979-1.aspx
https://blog.inbec.com.br/engenharia-civil-por-que-se-especializar-em-infraestrutura-de-transportes/

terça-feira, 1 de março de 2016

Pilar ou coluna? Tem diferença?


Esqueça a famosa rixa bolacha versus biscoito... pilastra versus coluna é a nova da vez!


Pois então...será que tem diferença entre pilar e coluna? Ou é tudo a mesma coisa? 
A resposta segundo o que andei pesquisando depende da fonte. Alguns podem dizer que os dois são a mesma coisa, pois a finalidade de ambos é a mesma: sustentação. Para outros, entretanto, o pilar é como Atlas sustentando o céu: um pilar sustenta a estrutura inteiraJá a coluna, sendo menos robusta, sustenta paredes e tetos.

Imagem: http://erreve.eng.br/

Para entender pense num edifício: os pilares são os "pés do edifício", transmitindo os esforços para as fundações e estas para o solo. As colunas estão nos andares, sustentando cada pavimento.

Mas o assunto é polêmico... tem gente que considera que pilares são estruturas internas e as colunas são externas. Outros que pilares têm cantos e as colunas são redondas... 

Pra acabar com a polêmica resolvi consultar o dicionário:

Pilar (do castelhano Pilar) Simples coluna que sustenta a construção.
Coluna (do latim Columna) Pilar cilíndrico que sustenta abóbada, estátua, etc., constante, em geral de base, fuste e capitel.

Viu como é confuso? Resumindo tudo: o pilar é coluna e a coluna é pilar, mas parece (na minha opinião) que a coluna tem uma função mais estética (como aquelas colunas gregas cheias de floreios), enquanto o pilar é simples e direto, com função puramente prática: a de sustentação. 


Tipos de colunas gregas e seus elementos.

Imagem: http://www.estilosarquitetonicos.com.br/arquitetura-classica.php

Mas... no meio disso tudo, onde entra a tal da pilastra, que com certeza você já escutou alguém falando?

Esta é estrutura da fachada, ornada geralmente com pedras (para engenheiros e geólogos deve-se ler rochas) talhadas. A pilastra é aderida à edificação ou parede. Sua posição geralmente coincide com o pilar da estrutura.


Pilastras numa edificação.
Imagem: http://www.arqhys.com/articulos/pilastras-arquitectura.html

Fontes: