terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Estacas de concreto moldadas in loco: como diferenciá-las?


As estacas são fundações profundas onde a transferência de carga acontece por meio do efeito de ponta e do atrito lateral com o solo. Quando a estaca é moldada no local da obra fala-se em estaca moldada in loco

A melhor forma de diferenciar as estacas de concreto moldadas in loco é por meio do entendimento de seu processo construtivo. A seguir você vai conhecer alguns tipos de estacas e a forma como cada uma é executada. 

É bom deixar claro que esta é uma descrição bastante generalizada. Sugiro que seja feita uma consulta à parte, caso o leitor queira saber mais a fundo sobre as especificidades de cada tipo de estaca e em que ocasião cada uma será usada. 

Alguns tipos mais comuns de estacas de concreto moldadas in loco:

1. Estaca escavada: no tipo mais comum de estaca escavada o furo é feito por meio de um trado helicoidal e as paredes da escavação são revestidas com uma lama especial, conhecida como lama betonítica, cuja finalidade é a de impermeabilizar e impedir o desmoronamento do solo das laterais. Após o processo de perfuração e revestimento com a lama, procede-se à colocação da armadura e, logo em seguida, faz-se a concretagem.


Imagem: stacasbrasil.com.br/servicos/estacas-escavadas/

2. Estaca tipo Franki: neste tipo de estaca utiliza-se um tubo de revestimento com uma bucha de areia e brita em sua ponta. O tubo é cravado dinamicamente por meio de um soquete (pilão) até a profundidade especificada em projeto. O tubo é retirado após a cravação, ao mesmo tempo em que acontece a concretagem. Vale lembrar que a armadura é colocada antes do lançamento do concreto. Este tipo de estaca caracteriza-se por apresentar um bulbo em sua ponta resultante do processo de apiloamento.


Imagem: http://construcaomercado.pini.com.br

3. Estaca tipo Strauss:
para execução deste tipo de estaca é necessário um tripé e um guincho. Na etapa de perfuração é utilizada uma sonda (balde). Depois de alcançada a profundidade, faz-se o apiloamento do fundo com cascalho e instala-se a grade de armação. Logo em seguida é feita a concretagem.



Imagem: http://construcaomercado.pini.com.br

4. Estaca raiz: trata-se de uma estaca de pequeno diâmetro onde a perfuração se dá com o uso de um tubo de perfuração. O material escavado é retirado por meio de uma corrente fluida de lama betonítica ou ar. Após isso, faz-se a instalação das armaduras e a injeção de argamassa. Aplicam-se golpes de ar comprimido e, logo após, retira-se os tubos de perfuração. A cada trecho do tubo retirado é feita a aplicação de uma nova pressão, que faz com que a argamassa penetre no solo das laterais e se "ramifique como raízes", aumentando o atrito.


Imagem: http://www.geofund.com.br/?p=237

Estaca de hélice contínua:
a perfuração é feita por meio de uma hélice. Quando se chega à cota prevista, o concreto é bombeado através do tubo central da hélice à medida em que esta vai sendo extraída. A armação é colocada logo após o lançamento do concreto.



Imagem: http://www.geofund.com.br/?p=229

Estaca ômega:
é uma evolução da estaca de hélice contínua. No processo de perfuração deste tipo de estaca o solo não é retirado para a superfície do terreno, uma vez que o trado consegue compactá-lo lateralmente. A retirada do trado deve ser feita de forma a girá-lo no mesmo sentido utilizado durante a perfuração. O lançamento do concreto ocorre por meio de um núcleo vazado existente no trado e a colocação da armadura se dá logo após a concretagem.



Imagem: https://lemacufes.files.wordpress.com

Fontes:

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