terça-feira, 14 de julho de 2015

Patologias das argamassas de revestimento

Argamassas constituem uma mistura de aglomerantes, agregados naturais e água. Se essa mistura não for bem dosada e aplicada de forma correta, podem surgir problemas futuros, capazes de comprometer a estética e a segurança de uma construção. Confira abaixo algumas das patologias mais comuns das argamassas:

  • Eflorescência: caracterizada pela presença de pó branco acumulado sobre a superfície e manchas de umidade. Ocorre devido à umidade constante e/ou presença de sais na água de amassamento ou elemento da alvenaria. O reparo é feito pela eliminação da umidade e escovamento da superfície.

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  • Bolor: manchas esverdeadas ou escuras (mofo) e desagregação da argamassa. Entre as possíveis causas estão a umidade constante e falta de exposição ao sol. O reparo é feito por meio da lavagem das manchas com solução de hipoclorito de sódio e eliminação da infiltração da umidade.
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  • Vesículas: corresponde ao empolamento da estrutura. As partes internas podem se apresentar brancas, pretas ou vermelho-ferrugem. As possíveis causas são a presença de matéria orgânica, pirita ou material ferruginoso na areia. Também pode ocorrer devido à hidratação tardia da cal. O reparo consiste na substituição do reboco e eliminação dos focos de umidade.

Imagem: http://arquiteturacuriosa.blogspot.com.br/2013/12/patologias-de-revestimento_16.html

  • Descolamento com empolamento: além do empolamento, as vesículas se descolam do emboço. Devido a isso o reboco apresenta som cavo sob percussão. As possíveis causas são a hidratação tardia da cal e o excesso de umidade. O reparo consiste na substituição do reboco.
  • Descolamento em placas: caracteriza-se pelo descolamento de placas endurecidas e formação de vazios abaixo da camada de revestimento. Entre as prováveis causas estão: argamassa muito rica ou pouca aderência à superfície de base. Quando a casca do descolamento mostra-se quebradiça, uma das possíveis causas é a argamassa magra ou aplicação prematura de tinta impermeável sobre o reboco. O reparo consiste na substituição completa do revestimento.
Imagem: http://paginasamarelasdaimper.blogspot.com.br/
  • Descolamento com pulverulência: o reboco se desagrega com facilidade (esfarinhamento) e apresenta som cavo sob percussão. Excesso de finos nos agregados, traços pobres em aglomerante ou ricos em cal. Como reparo recomenda-se a renovação completa do revestimento.
  • Fissuras horizontais: as fissuras se estendem ao longo de toda a parede e o revestimento se descola em placas. As possíveis causas são a hidratação tardia da cal ou expansão da argamassa devido à presença de argilo-minerais expansivos. Dependendo da situação das fissuras recomenda-se a substituição completa do reboco.
  • Fissuras mapeadas: fissuras de formas variadas que ocorrem ao longo da superfície. Geralmente estão relacionadas à retração da argamassa. Como reparo recomenda-se a renovação do revestimento e da pintura.
Imagem: http://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2010/08/retracao.jpg

Fonte:

Apostila Prof. Antônio Neves de Carvalho Júnior. Disponível em: <http://www.demc.ufmg.br/tec3/Apostila%20Argamassas%20-%20TEC%20III.pdf>Acesso em: 14 jul. 2015.

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