terça-feira, 21 de julho de 2015

A constituição do Universo e o problema do "vento escuro"


Graças à atração gravitacional toda a matéria interestelar "circula" em volta do centro das galáxias. Entretanto, parece que a velocidade das estrelas, sistemas e gases que orbitam em volta desse centro é acima do esperado, o que indicaria uma massa maior, que não podemos ver.

Dessa análise surgiu a hipótese da existência de uma matéria escura e exótica circundando os núcleos das galáxias, aumentando a atração gravitacional. A matéria escura seria nada mais do que uma forma de matéria conhecida por não emitir, espalhar ou absorver luz. A única interação capaz de exercer influência sobre esse tipo de matéria seria a gravidade.

Contudo a matéria escura não dá conta de resolver todo o problema da constituição do Universo. Baseados na constatação recente de que o Universo está se expandido numa taxa acelerada, os cientistas pensaram na hipótese de uma energia de repulsão (atuando de forma contrária à gravidade) capaz de afastar os sistemas, estrelas e galáxias. Como essa energia não emite nenhum tipo de radiação eletromagnética, ela não pode ser detectada, sendo por isso chamada de energia escura.

Recentemente descobriu-se que nosso sistema solar está se movendo a 240 km/s em torno da Via Láctea. Antes disso, a velocidade calculada era de 220 km/s. A descoberta de uma velocidade maior indica que temos mais matéria escura do que imaginávamos. 


Imagem: http://www.rainydaymagazine.com/RDM2011/Home/August/
Week4/RDMHomeAug2311.htm

O único problema de toda essa teoria miraculosa é que a existência da matéria escura implica na existência de "partículas escuras" permeando o espaço e formando um gás estagnado. Se nosso sistema está orbitando o núcleo da galáxia a uma velocidade de 240 km/s, isso daria origem ao chamado "vento escuro". As partículas escuras iriam colidir com a Terra e, segundo estimativas, isso seria superior a um milhão de partículas por metro quadrado por segundo.




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